Sobre HQ: Mercado de trabalho
Conforme o tempo passa, podemos perceber as transformações pelas quais passou o mercado de quadrinhos no Brasil. Seu desenvolvimento no país se deu quase 30 anos depois da publicação das HQs no exterior. Agora, em franco crescimento, dá oportunidades a nomes consolidados e autores independentes ou iniciantes. Se antes o processo de publicação era mais complicado, por conta de etapas como aprovação de editor, impressão e distribuição, a tecnologia fez com que isso mudasse e viabilizou a publicação digital. Acessível aos leitores por meio de computadores, celulares ou tablets, de maneira prática e ágil. Contudo, a forma mais tradicional de comercialização de HQs no país ainda corresponde ao formato físico (encontrados em bancas de revistas, livrarias e lojas especializadas em quadrinhos), apesar do aumento significativo do consumo on-line. O cenário das HQs no Brasil Por conta dessas mudanças houve também o aumento de edições de autores independentes, com o barateamento do processo de criação e a democratização da produção/distribuição, que usam a internet (blogs, sites) e as redes sociais digitais para propagarem seus trabalhos.
Segundo o quadrinista alemão Jens Harder, que conhece bem a produção brasileira de quadrinhos em viagens que fez para o Brasil, “aqui há uma cena muito fértil de quadrinistas e publicações independentes, como fanzines, antologias e quadrinhos na web, como também excelentes autores de graphic novels, que estão muito próximos, do ponto de vista do estilo e do desenho, dos trabalhos europeus”. A declaração também foi concedida ao Goethe Institut. Percebe-se o reconhecimento da qualidade e talento dos artistas brasileiros lá fora. Isso se traduz em mais oportunidades de trabalho, que não se limitam apenas ao país e podem ocorrer em escala global.